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domingo, 8 de setembro de 2013

Brasília tem confrontos, depredação, feridos e prisões no 7 de Setembro

Desfile oficial com presença da presidente Dilma transcorreu sem incidente.
Depois, grupos enfrentaram PM ao tentar chegar ao Congresso e a estádio.



Manifestante é atingido por jato d'água da Polícia Militar diante do Museu da República, em Brasília (Foto: Felipe Néri / G1)Manifestante é atingido por jato d'água da Polícia Militar diante do Museu da República, em Brasília (Foto: Felipe Néri / G1)

Brasília teve um 7 de Setembro tumultuado neste sábado (7), com confrontos entre polícia e manifestantes, depredações, feridos e 50 prisões. O desfile oficial do Dia da Independência, com a presença da presidente Dilma Rousseff, transcorreu sem incidentes.
Pela manhã, o desfile atraiu cerca de 15 mil pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar do Distrito Federal. Menos de oito horas depois de chegar da Rússia, onde participou da cúpula do G20 (grupo das 20 maiores economias do mundo), a presidente Dilma Rousseff abriu o desfile, que teve a participação de ministros e autoridades da República. Ao final, o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, pediu manifestações"vigorosas", porém "pacíficas".
(O G1 acompanhou em tempo real as manifestações pelo país, em fotos e vídeos: veja relatos no Brasil inteiro, em São Paulo e no Rio.)
O protesto teve início assim que terminou o desfile oficial, pouco depois das 10h. Um grupo de manifestantes concentrados diante do Museu da República iniciou a caminhada da Marcha Contra a Corrupção, em direção ao Congresso Nacional.
Vista do gramado do Congresso, onde manifestantes que protestam contra a corrupção se concentraram após o desfile da Independência. (Foto: Divulgação/Polícia Militar)Vista do gramado do Congresso, onde manifestantes que protestam contra a corrupção se concentraram após o desfile da Independência (Foto: Divulgação/Polícia Militar)
No trajeto, houve tensão entre policiais e manifestantes perto da Catedral de Brasília. Policiais tentaram barrar a caminhada, mas acabaram liberando.
Ao chegar ao Congresso, um grupo de cerca de 300 pessoas (segundo a Polícia Militar), parte das quais mascaradas, trocaram empurrões com policiais, na tentativa de se aproximar da entrada do prédio, cercada por uma barreira de PMs. Policiais usaram spray de pimenta para afastar manifestantes que insistiam em avançar para o Congresso.
Policial militar usa spray de pimenta contra manifestante para dispersar protesto em Brasília. (Foto: Eraldo Peres/AP)PM usa spray de pimenta contra manifestante para dispersar protesto em Brasília. (Foto: Eraldo Peres/AP)


















No início da tarde, o grupo que estava no Congresso se juntou a outros que vinham de outros pontos da cidade e passaram a caminhar em direção ao Estádio Nacional Mané Garrincha, onde a partir das 16h15 as seleções de Brasil e Austrália disputaram um amistoso.
No trajeto, manifestantes depredaram estabelecimentos comerciais e carros e houve confronto com a polícia na região central de Brasília.
Manifestante é imobilizado por policiais na rodoviária do Plano Piloto, em Brasília. Ele foi revistado e em seguida liberado (Foto: Fabiano Costa/G1)Manifestante é imobilizado por policiais na rodoviária do Plano Piloto, em Brasília (Foto: Fabiano Costa/G1)
No Eixo Monumental, principal avenida da capital federal, policiais militares se perfilaram para impedir a passagem dos manifestantes que tentavam chegar ao estádio. Houve conflito. Foram lançadas bombas de gás e spray de pimenta contra os manifestantes. Dois repórteres fotográficos ficaram feridos.
Balanço da Polícia Militar registrou 50 prisões, principalmente por danos ao patrimônio público, desacato e agressão.
Ao final da partida entre Brasil e Austrália, a saída dos torcedores do Estádio Nacional transcorreu sem incidentes. No local onde à tarde houve confronto entre PMs e manifestantes, no Eixo Monumental, ao lado da Torre de TV, ainda havia presença de policiais, mas tinha sido desfeita a barreira de homens destinada à contenção dos manifestantes.

Do G1, em Brasília, e do G1 DF

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